Já ouvi pessoas com deficiência dizerem que não lhes importa as palavras usadas para se lhes referirem - deficiente, pessoa com deficiência, por exemplo - que tanto lhes faz. Mas acredito que as palavras que recebemos, de nós próprios e dos outros, importam e muito. Provocam-nos emoções, moldam-nos conexões neuronais e comportamentos, influenciam-nos o estado de espírito. Têm significados, senão não seriam palavras, e causam impacto em quem as ouve e sente. A própria Bíblia já dizia que «Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura» (Provérbios 12:18), e a própria ciência tem vindo a comprovar esse poder.
Dora Alexandre
Autora do livro “A deficiência na comunicação social, guia de boas práticas para jornalistas” no âmbito do Grupo de Reflexão Media e Deficiência do Gabinete para os Meios de Comunicação Social (Brasil, 2013).
As palavras importam? Sim, e muito. | ACAPO
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